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sábado, dezembro 17, 2011

Entrevista na Infektion Magazine

Visitem o link abaixo para ler a entrevista que demos à Infektion Magazine!

http://issuu.com/infektionmag/docs/infektion09

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Entrevista no Blog Sound(/)Zone

http://soundzonemagazine.blogspot.com/2011/12/entrevista-skypho.html

FUSÕES PECAMINOSAS
"Apoiem as bandas portuguesas comprando discos e merchandise"

Os Skypho serão, porventura, uma das bandas mais ousadas e descomplexadas de Portugal. É rock, metal, samba, ska, grunge… a ementa é gorda e só pode ser consumida de mente aberta. Aos 11 anos de vida, o grupo de Albergaria-A-Velha vinca o seu espírito descomprometido num álbum de estreia, “Same Old Sin”, com óptimo aspecto sonoro e um conjunto de composições que esconde uma conjugação surpreendente de estilos. Aparentemente, tudo sai de forma natural e não há qualquer receio das “represálias” do público, como garante o guitarrista Hugo Sousa.

Passaram-se sensivelmente quatro anos desde a edição do EP “Nowhere Neverland”. A composição de “Same Old Sin” foi a justificação para esta demora?
A preparação do nosso disco de estreia durou, efectivamente, bastante tempo. Mas o facto de não sermos profissionais da música e termos que manter empregos normais para podermos pagar as nossas contas também pesou neste atraso.

Uma das curiosidades que surge imediatamente quando ouvimos os Skypho é saber como se constrói um som tão ecléctico. Quer explicar-nos este processo?
A forma como o construímos é espontânea, sem grandes estudos para colocar parte “x” ou “y” em determinada música para atingir essa tal sonoridade. A forma como encaixamos cada parte das músicas é bastante descontraída e natural. Gostamos de fazer estas misturas e isso é o que nos define a nível musical.

Por exemplo, quanto tempo demora, em média, a composição de um dos vossos temas?
Depende muito. Tanto podemos fazer uma música num ensaio como andar alguns meses à volta de uma apenas. A nossa preocupação é que no fim nos soe bem. Depois, em estúdio, podemos dar um retoque ou outro nos arranjos.

Não há mesmo qualquer tipo de condicionamento quando estão a compor?
Não. Normalmente as ideias surgem de uma forma espontânea e depois de montarmos a estrutura de uma música e ao entendermos que nos soa bem e dá relevância à mesma, então passa a fazer parte dela em definitivo.

Nunca receiam ser mal entendidos ao misturar estilos tão díspares como samba, ska, world music, grunge e metal?
Sinceramente, não. Optámos por fazer este género de música e sabemos que existe muita gente que não gosta. Por outro lado, existe também muita gente que gosta e vê com bons olhos esta mistura. Sobretudo, temos o maior prazer em concebê-la e isso é o que importa.

Como olham para o espaço que os Skypho podem ter no mercado? A situação coloca-se no vosso caso, apesar de a venda de discos ser, cada vez mais, um acto obsoleto?
Não vivemos obcecados com as vendas, nem compomos com isso no pensamento. Obviamente que gostamos de vender discos porque é uma das formas da banda ser financiada. Mas sabemos que nos dias que correm não é fácil conseguir vendê-los em bom número. Portanto, o nosso espaço é pequeno, bem como o da maioria das bandas portuguesas. Já agora, faço um apelo em nome dos Skypho e das bandas nacionais: apoiem-nos comprando discos e merchandise. É que sem essas pequenas fontes de receita será sempre muito difícil conseguir gravar música. As editoras já não financiam as bandas e os estúdios são caros. Fica o alerta.

Não será então pela hibridez do vosso som que se mantêm independentes…
Não. O facto de trabalharmos sem qualquer tipo de apoio, pelo menos a nível de editoras ou management, não influência a música que fazemos. Mesmo que tivéssemos esses apoios, julgo que não modificaríamos o nosso som. Temos orgulho nele e nunca nos veríamos a optar por fazer algo mais na moda só para conseguir ter algum sucesso comercial.

A opção do Jens Bogren para a masterização deste álbum surgiu como um elemento imprescindível no seu processo de concepção?
Não. Quando nos foi proposto o Jens para masterizá-lo já tínhamos as músicas todas concluídas. O Jens, com a sua qualidade e experiência, contribuiu de forma positiva apenas para o som final do álbum.

Entendem que em Portugal já existem opções credíveis no campo da produção e engenharia áudio?
Julgo que sim. Optámos pelo Jens devido à sua grande qualidade enquanto técnico e porque conhecemos e somos grandes fãs de muitas das bandas com quem ele trabalha. E, como tal, sabemos o que ele consegue fazer. Apesar de reconhecermos que existe muito talento e qualidade por cá, acho que ainda não se chegou a este nível, se calhar não em termos técnicos, mas de material disponível nos estúdios. E a questão da experiência também é muito importante. Por isso, optámos por masterizar o nosso álbum na Suécia.

E em termos de qualidade/criatividade musical, qual é o estado da nação?
Quem está minimamente atento àquilo que se faz em Portugal sabe que existe muita qualidade. Temos grandes bandas cuja música nada deve à que se faz lá fora. Não tenho a mais pequena dúvida em relação a isso.

Como se pode interpretar a relação das letras (que são essencialmente pessoais) com a esquizofrenia musical dos Skypho? É um processo algo aleatório ou tudo converge para um ponto de harmonia?
Julgo que não existe uma relação assim tão estreita entre a nossa filosofia musical e os temas que o nosso vocalista aborda. Podemos afirmar que é um processo algo aleatório.

A estabilidade dos Skypho em termos de formação é um ponto fundamental para a maneira como a banda soa ou seria sempre possível mudar de elementos sem afectar a filosofia da banda?
A nossa estabilidade é, sem dúvida, muito importante. Temos já mais de dez anos de banda e muito poucas alterações registadas. Antes de mais, somos todos grandes amigos, diria mesmo irmãos. Acho que já não haveria Skypho se assim não fosse. Nunca poderia entrar alguém para a banda se não fosse um grande amigo nosso. Tem sido sempre assim.

Será lógico perguntar se a composição nos Skypho parte de uma pessoa ou de um esforço colectivo em proporções equitativas?
Normalmente, o Zé (guitarrista) ou o Carlos (vocalista) levam as suas ideias para a sala de ensaios e aí são trabalhadas em grupo. No fim, cada música tem a contribuição de todos nós, embora o grosso delas seja da responsabilidade destes dois elementos.

Para este álbum, o que há mais planeado para além dos concertos? Um sucessor do videoclip de “My Insomnia”, por exemplo?
De momento, é um facto que só temos planeado a edição de um videoclip, que foi gravado recentemente. O tema é a “Your Love, My Cage, My Prison, My Rage”. De resto, e para já, só mesmo a promoção deste disco através dos concertos, imprensa e deste tal vídeo que verá a luz do dia nas próximas semanas.

Nuno Costa

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Review no Blog Sound(/)Zone

"É curioso como tão discretamente os Skypho foram subindo na sua carreira, mas sempre sob um princípio rígido de qualidade e ousadia. Isto pode parecer paradoxal, até porque a banda já venceu alguns concursos, tocou ao lado de bandas de renome e até já foi ao estrangeiro. Mas a sensação que temos é que o material que apresentam tem potencial para já serem ainda mais falados do que são. Talvez alguma coisa mude com este “Same Old Sin” que apresenta o sexteto de Albergaria-A-Velha, pela primeira vez, em longa-duração.

Recorrendo aos préstimos, novamente, de Ivo Magalhães nos Uncle Rock Studios, e, pela primeira vez, do aclamado Jens Bogren na parte da masterização, salta-nos logo à vista o excelente som deste disco. Depois, vem a amálgama sonora – esquizofrénica - que caracteriza os Skypho desde os tempos de “Nowhere Neverland”, de 2007, que, aliás, acaba por ser aqui representado em vários temas.

Imaginem uns Soulfly e Rage Against The Machine a “churrascar” com uns Primitive Reason e Alice In Chains enquanto uns Ill Niño se encharcam num qualquer beberete latino ameaçado de saque por uns Tendrills ou Korn. Mas… fica complicado resumir os Skypho a estes autores. Isto aqui só pode ser considerado música experimental com um astral radiofónico, ao que não fica alheia a excelente voz de Carlos Tavares. Ao mesmo tempo, o peso está presente, o que os suspende entre o mainstream e o underground. No fundo, estão no seu próprio patamar que é o mais importante.

Não obstante este arrojado melting pot, estamos certos de que o grupo pode evitar certas influências mais vincadas e fazer convergir algumas delas para um todo ligeiramente mais homogéneo. A questão é discutível e adivinhamo-la como o principal estigma dos Skypho – a sua própria categorização.

Entenda-se ainda que os Skypho não descobriram a pólvora, mas têm uma inteligência acima da média ao nível da escrita e são capazes de imprimir uma dinâmica elevada e contagiante aos seus temas. Há demasiado por onde se pegar aqui… e nos tempos que correm não há como não valorizar nem que seja a intenção. Um bem-haja há descomplexidade da música dos Skypho. [8.2/10] N.C."

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